Sou a primeira pessoa da minha família a concluir o ensino superior. Ingressei na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1982, sem ter a mais remota perspectiva de me tornar cientista – simplesmente porque nunca havia sido apresentada a esta possibilidade como profissão. Cresci num ambiente que não era muito rico sob o ponto de vista intelectual, mas que muito valorizava a educação. Meus pais sempre disseram que a melhor herança não é aquela relacionada ao patrimônio financeiro, mas sim ao nível educacional dos filhos. Ou seja, meus irmãos e eu sempre fomos estimulados a estudar e ingressar no ensino superior.
Tive sérias dúvidas ao escolher a minha profissão. Durante o ensino básico, sempre me identifiquei muito com a matemática, a física e a química. Estava certa de que seguiria uma carreira relacionada à área das exatas ou das tecnológicas. Fiz teste vocacional e o resultado não me surpreendeu: aptidão para mecânica, visualização espacial, engenharias. Tudo indicava que eu não deveria me envolver com as áreas biológica, médica e de humanas. Fiquei feliz e decidi cursar matemática. No terceiro ano do ensino médio, quando os professores perguntavam quais eram as carreiras que escolheríamos, metade da turma informava que tentaria vestibular para engenharia e a outra metade, para medicina. Eu era a única que pretendia fazer matemática. Sob influência do grupo, comecei a ter dúvidas. Não é trivial escolher a profissão, principalmente aos 16 anos de idade. Até hoje não sei bem o motivo, mas decidi que faria vestibular para medicina.
Denise Pires de Carvalho
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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O debate sobre a antiguidade dos vírus é bastante complexo, já que não há evidências físicas diretas no registro geológico. Pesquisadores se valem de técnicas moleculares e observações indiretas em fósseis para estimar a idade de surgimento de alguns vírus, uma linha de pesquisa com grande potencial.
Maio de 2020. A Fiocruz completa 120 anos e tem a cadeira da presidência ocupada por uma mulher, a socióloga Nísia Trindade Lima, que lida com a pandemia de covid-19 como uma emergência sanitária e humanitária multidimensional, cujo enfrentamento requer conhecimento de todas as áreas da ciência.
Apesar do pouco contato com o tema no ensino básico, Sabine Righetti conta como descobriu o jornalismo científico e criou uma agência para divulgar a pesquisa nacional, o que a levou a conquistar o Prêmio José Reis, o mais importante da sua área
Membro do Parent in Science, movimento de apoio à maternidade na academia, e líder de comissões de diversidade na UFF e na Faperj, Letícia Oliveira narra sua trajetória científica na área da neurociência e destaca a importância de mais equidade de gênero nas universidades.
Fascinada pelos mistérios do universo, a cosmóloga Elisa Gouvêa Ferreira conquistou posição de destaque em um território de pesquisa predominantemente masculino. Seu conselho para jovens estudantes é seguir a paixão que os move, guiados mentores entusiastas
Geógrafa especializada em sensoriamento remoto, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo participou de projetos desbravadores no monitoramento da Amazônia, colaborou com a Nasa e formou gerações de pesquisadores, não sem enfrentar obstáculos por ser mulher.
A socióloga Maria Lucia Maciel dedicou a carreira à ciência brasileira e ao seu papel no desenvolvimento do país, sendo também fundamental no conselho administrativo do Instituto Ciência Hoje, que vem, através de sua amiga pessoal e colega de profissão Sarita Albagli, prestar esta homenagem.
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