Como a microbiota afeta o comportamento

Escola de Medicina e Saúde Pública,
Universidade de Wisconsin-Madison (EUA)

A chamada microbiota – conjunto de microrganismos, como vírus, bactérias e fungos, que vivem naturalmente em nosso corpo – começa a ser associada a transtornos psiquiátricos, como ansiedade e dependência química, e doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Embora os mecanismos ainda não estejam bem definidos, sabe-se que o desequilíbrio da microbiota intestinal tem um impacto significativo no sistema nervoso central, afetando certos comportamentos.

CRÉDITO: ILUSTRAÇÕES RAFA PASCOTTO

Seres humanos têm uma visão antropomórfica do mundo. Entretanto, são muito mais microbianos do que pensam. Nosso corpo é coberto por micróbios que representam a microbiota, essencial para o desenvolvimento, a fisiologia e o comportamento humano. Somente no trato gastrointestinal, existem mil vezes mais células bacterianas do que humanas.

A microbiota auxilia na digestão de alimentos complexos, como amido e pectina (derivada de plantas e fibras), os quais são processados em açúcares simples, como glucose e galacturonato, que podem ser utilizados como nutrientes para células humanas. A microbiota também impactada a fisiologia humana, ao modificar a expressão de genes nas nossas células, influenciando o metabolismo e o sistema imunológico.

Recentemente, começou a ser estudado o impacto da microbiota em comportamentos e doenças mentais degenerativas. Existe um intercâmbio químico entre a microbiota e células humanas que é essencial nesses processos.

O sistema nervoso entérico é integrado ao cérebro por meio do eixo cérebro-intestino. O sistema gastrointestinal é extremamente inervado pelo sistema nervoso entérico e contém vários neurotransmissores (moléculas químicas que transmitem informação entre neurônios e outras células do corpo), que são reconhecidos por bactérias, facilitando a comunicação entre os reinos bacteriano e animal.

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