Tomografias revelam comportamento de dinossauro da Áustria

Museu Nacional/ UFRJ
Academia Brasileira de Ciências

Exames mostram que animal de um grupo caracterizado pela presença de ossos pontiagudos em torno do pescoço e nos ombros não era muito ativo e vivia de modo mais solitário, com poucas interações com outros membros de sua espécie  

Reconstrução de Struthiosaurus austriacus, dinossauro que media cerca de três metros de comprimento e pesava ao redor de 300 quilos

Crédito: Fabrizio de Rossi

Entre os dinossauros mais peculiares estão os anquilossauros. Herbívoros, esses répteis viveram entre 170 e 66 milhões de anos atrás e se caracterizaram por possuir o corpo revestido por uma couraça formada por osteodermas, que são placas ósseas alojadas no couro do animal. De forma muito superficial, eles lembram os tatus, mamíferos cujo tamanho não chega a um metro de comprimento e que pesam em torno de cinco quilos. Já os anquilossauros podiam atingir até 10 metros da ponta do focinho até a cauda, chegando a pesar quatro toneladas.

Os anquilossauros são divididos em dois grupos principais. O mais famoso reúne os anquilossaurídeos, que se caracterizam por possuírem uma projeção óssea na cauda, lembrando uma clava. A maioria dos pesquisadores acredita que essa estrutura caudal seria uma arma de defesa. O segundo grupo são os nodossaurídeos, que, além de não possuírem essa clava, ostentavam projeções ósseas pontiagudas em torno do pescoço e nos ombros. Essas diferenças fizeram com que paleontólogos especulassem que os membros dos dois grupos também teriam divergências significativas em termos comportamentais e ecológicos.

Essa ideia foi corroborada por um estudo publicado recentemente na Scientific Reports. A pesquisa, liderada por Marco Schade (Universidade de Greifswald, Alemanha), utilizou tomografia do crânio do nodossaurídeo Struthiosaurus austriacus, encontrado na Áustria, e sugeriu que os animais desse grupo eram, de fato, bem diferentes dos demais anquilossauros.

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