Para conhecer a fundo qualquer grupo de animais, como o de serpentes e lagartos, é preciso investigar como ocorre sua reprodução. Além disso, dados de biologia reprodutiva são importantes para definir técnicas de manejo, estratégias de conservação e conhecer melhor a biodiversidade brasileira. Desde a década de 1990, muito se tem estudado sobre a reprodução de serpentes e lagartos neotropicais, resultando em interessantes revelações sobre esses répteis.
Os estudos sobre reprodução têm suas raízes nas pesquisas de história natural das espécies. Porém, a necessidade de entender a evolução de diferentes estratégias reprodutivas fez com que esse tipo de estudo abrangesse novas investigações experimentais e comparativas, transformando-o em uma linha de pesquisa distinta.
Nos anos 1981 e 2009, dois eventos marcantes para os estudos sobre reprodução foram realizados nos Estados Unidos – o Simpósio de Biologia Reprodutiva de Répteis e o Simpósio de Biologia Reprodutiva de Serpentes, respectivamente. Nesses eventos, surgiu a ideia de reunir grande parte do conhecimento sobre o tema, resultando na publicação de dois livros que viriam a ser a base para futuros estudos.
No Brasil, os estudos tiveram início nos anos 2000 com um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan (SP), que, posteriormente, em 2011, fundou o Grupo de Estudos em Reprodução de Squamata.
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