No final de 2017, um feito resvalando ficção científica estampou as notícias no mundo todo. Duas academias de ciências, da China e da Áustria, fizeram uma videoconferência conjunta, usando informação criptografada quanticamente.
A menos que um hacker pudesse violar leis da natureza, nem mesmo o uso dos maiores e melhores computadores da atualidade poderia quebrar a segurança dos dados trocados entre as duas instituições.
Esse marco histórico foi mais uma peça de uma revolução científica que começou no início do século passado, com o desenvolvimento da mecânica quântica, teoria que lida com os fenômenos do diminuto universo atômico e subatômico. E essa revolução promete um século 21 com avanços tecnológicos há pouco inimagináveis.
Fenômenos quânticos – já batizados ‘chocantes’ ou ‘fantasmagóricos’, por contrariarem o senso comum – tornaram-se hoje recursos valiosos no processamento de informação. Volumosos investimentos governamentais e privados estão ajudando a moldar, com base em tecnologias derivadas dos fenômenos quânticos, uma nova rede global de comunicação.
Em um futuro breve, com a chamada internet quântica, conceitos como teleporte e criptografia quânticos deixarão de ser pura abstração e se tornarão regra para a manipulação e transmissão de informação de forma 100% segura.
Rafael Chaves
Instituto Internacional de Física,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Samuraí Brito
Grupo de Tecnologias Emergentes,
Itaú Unibanco
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Professor titular da Escola de Comunicação da UFRJ e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Marcos Dantas fala da importância de regular plataformas digitais como Facebook e Google, que usam os dados dos usuários do mundo todo para lucrar em seu país de origem, os Estados Unidos.
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Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
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O mercado de sementes modificadas e dependentes de pesticidas tóxicos à saúde e ao ambiente está cada vez mais concentrado em algumas poucas megaempresas. É essencial visibilizar as formas de produção por trás do que comemos para alcançar alternativas saudáveis e justas
Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
Sem dúvida, rodovias trazem progresso. Mas elas têm efeitos nocivos para o meio ambiente: poluição, perda e degradação de vegetação nativa, bem como fragmentação da paisagem. Há outro problema (talvez, ainda mais preocupante): a morte de animais por colisão com veículos.
A forma líquida do mercúrio sempre intrigou as pessoas. Conhecido há milênios, esse metal passou da religião para a medicina e a indústria. A ciência mostrou que ele é tóxico. Mas seus efeitos nocivos para o ambiente e a saúde seguem até hoje – inclusive no Brasil
A doença de Chagas foi descoberta há mais de cem anos por um cientista brasileiro. Mas esse quadro ainda preocupa: 6 milhões de infectados no mundo e 30 mil novos casos por ano na América Latina. Resta muito a ser feito em termos de políticas públicas de saúde.
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Comum nas naves espaciais e casas do futuro de obras de ficção, essa tecnologia – que consegue criar alimentos personalizados em textura, sabor, forma e teor nutricional – está disponível há anos e vem sendo constantemente aprimorada, trazendo inúmeros benefícios para os consumidores
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