Sempre me senti uma monstra, sentia que meu lugar não era nesse mundo. Às vezes pensava em sumir, desparecer. Fui muito feliz na infância, mas também sofri muito. Sempre pensei que existia algo de errado comigo, mas hoje sei que é o mundo que está errado. Cresci carregando muitas dores, não esqueço as vezes em que saia do colégio, chegava em casa e me trancava no quarto para chorar, um choro abafado. Minha mãe batia na porta e perguntava “Tá tudo bem?”, eu dizia que estava, mas não tinha palavras para expressar o que sentia.
Sempre foi difícil me olhar no espelho, nunca vi nada de belo em mim, um corpo gordo desde a infância, com nariz e lábios grandes. Sempre fui forasteira à estética dominante. Na adolescência eu evitava falar de namoros, de todas as paixões não correspondidas. Embora desejasse sumir, uma força dentro de mim sempre dizia que morrer não é opção. Penso que sou tão medrosa, que tenho medo da morte. Ter medo de morrer num mundo que me quer morta é uma coragem absurda. Aprendi a costurar em mim dor com esperança. A monstra que sou é feita intensidades diversas: das dores costuradas que fizeram minha couraça mais forte, dos medos que me deixaram corajosa, das esperanças que sempre me permitiram andar.
Letícia Carolina Pereira do Nascimento
Faculdade de Pedagogia
Universidade Federal do Piauí
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Sistemas que combinam árvores nativas com cultivo de cacau em pequena escala protegem uma alta diversidade de aves no sul da Bahia, mas espécies que se alimentam de frutos e insetos são negativamente afetadas, segundo estudo que reforça a importância de se conservar a vegetação original do bioma.
Mais um tradicional embate entre mim e Noel. Desta vez, o ‘simpático’ barbudo não trouxe um presente, mas, sim, um problema interessante: será possível pintar os números de 1 a 9 usando duas cores apenas, evitando que um deles seja a média dos outros dois?
Coordenadora-geral da Olimpíada Nacional em História do Brasil, a professora da Unicamp Cris Meneguello conta como nem a covid-19 atrapalhou a realização da 12ª edição da competição, que, baseada em documentos, leitura e análise crítica de fontes, proporciona uma visão mais ampla do país .
Ter vencido um câncer na juventude levou a bioquímica Mariana Boroni a se dedicar à pesquisa oncológica, passando pelo estudo de proteínas e pelo uso de ferramentas da informática e da biologia molecular para tentar responder perguntas cruciais da oncologia.
Apaixonada pela matemática desde pequena, Carla Negri Lintzmayer, vencedora do prêmio ‘Para Mulheres na Ciência 2023’, escolheu a ciência da computação para investigar questões estruturais de casos reais ou teóricos e resolver problemas de forma eficiente.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |