No século 19, dois cientistas norte-americanos, por meio de equipamento engenhoso, buscaram responder a questão inquietante: haveria um meio que serviria de ‘suporte’ para a propagação da luz? A resposta deixaria a comunidade de físicos estarrecida.
No século 19, dois cientistas norte-americanos, por meio de equipamento engenhoso, buscaram responder a questão inquietante: haveria um meio que serviria de ‘suporte’ para a propagação da luz? A resposta deixaria a comunidade de físicos estarrecida.
CRÉDITO: WIKIMEDIA COMMONS
O físico Albert Michelson (1832-1951) e seu colega químico Edward Morley (1838-1923), ambos norte-americanos, construíram, em 1887, equipamento sofisticado, conhecido como interferômetro. Até aí, não há novidade: estamos acostumados a ver cientistas criando aparelhos complicados. Máquinas podem nos ajudar a enxergar os diminutos componentes de uma célula humana ou a revelar a constituição de estrela gigantesca distante da Terra.
Mas o tal interferômetro foi concebido para comprovar a existência de algo estranho: o éter luminífero, substância que – acreditava-se à época – preencheria todo o espaço, terrestre ou cósmico.
No fim do século 18, os cientistas já desconfiavam de que o espaço sideral era um vácuo, mas, por mais peculiar que pareça hoje, muitas pessoas ainda duvidavam. A demonstração experimental disso veio só na década de 1940, com os primeiros foguetes que saíram da atmosfera terrestre.
Debates sobre as características do espaço cósmico se dão desde a Antiguidade. O filósofo grego Aristóteles (384-322 a. C.) sugeriu um princípio conhecido como horror vacui (horror ao vácuo). Para ele e sua escola de pensamento, a natureza abominaria o vácuo, o vazio. Então, de que seria preenchido o espaço? O éter, propunha Aristóteles, e, dada a influência de sua obra, a teoria perdurou por séculos.
Debates sobre as características do espaço cósmico se dão desde a Antiguidade
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