O final do século 19 assistiu a um significativo fluxo de migrantes vindos da Europa em direção ao Brasil. A livre circulação dessa mão de obra, em substituição ao trabalho dos escravizados, defrontou-se com um conjunto de variáveis endógenas: a alta mortalidade causada pela epidemia da febre amarela colocava em risco o projeto migratório nacional.
Na década de 1880, a cidade do Rio de Janeiro destacava-se como o principal ponto de conexão e distribuição dos migrantes europeus na América do Sul. Em maio de 1883, no auge da epidemia, foi fundada a Hospedaria Ilha das Flores, na entrada da baía que dá acesso à cidade – onde hoje se localiza o município de São Gonçalo. A edificação se justificou, em parte, como método de isolamento preventivo para os migrantes europeus recém-chegados e para mantê-los espacialmente distanciados dos moradores e frequentadores das áreas centrais da cidade, especificamente, dos cortiços. Só para contextualizar, em 1893, a estalagem carioca ‘Cabeça de porco’, no centro da cidade, foi destruída com a justificativa de zelar pela higiene urbana, como conta Sidney Challoub no livro Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial (Companhia das Letras, 1996).
Gislene Santos
Núcleo Interdisciplinar dos Estudos Migratórios,
Programa de Pós-Graduação em Geografia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Lançado nos anos 1990 como um conceito para acelerar a troca entre ciência básica e clínica, esse termo é apenas um novo rótulo para uma prática antiga, criado para reforçar as relações entre pesquisa biomédica e a indústria farmacêutica norte-americana
Pesquisadores descreveram nova espécie de efêmera que viveu durante o Cretáceo no nordeste do Brasil. O exemplar é um adulto e permite compreender melhor a evolução desse grupo de insetos, reforçando a importância do investimento em escavações controladas.
The Expanse, série scifi da Amazon Prime, se passa alguns séculos no futuro, após a humanidade ter colonizado o sistema solar. O roteiro segue a trama dos livros de James S. A. Corey, pseudônimo da dupla americana Daniel Abraham e Ty Franck. A quinta temporada chega em 2020, patrocinada pelo próprio CEO da Amazon.
Carolina Araujo, do Impa, recebeu em 2020 o Prêmio Ramanujan, honraria internacional concedida a pesquisadores em matemática com idade inferior a 45 anos. Sua trajetória a fez atentar para a sub-representação feminina nas ciências exatas.
Professora do Instituto de Computação da Unicamp, Sandra Avila explica como a tecnologia pode resolver inúmeros problemas dos brasileiros, mas pondera que cuidados são essenciais para não atender só a uma parte da população e aprofundar a desigualdade.
Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
A exploração do espaço voltou a ganhar momento, com a entrada em cena não só de novas agências espaciais, mas também de empresas que exploram comercialmente essa atividade. A tensão ideológica que marcou esse campo foi substituída pela cooperação
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Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
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A forma líquida do mercúrio sempre intrigou as pessoas. Conhecido há milênios, esse metal passou da religião para a medicina e a indústria. A ciência mostrou que ele é tóxico. Mas seus efeitos nocivos para o ambiente e a saúde seguem até hoje – inclusive no Brasil
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