Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil
Faculdade de Letras
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças

Os atentados ocorridos em escolas e uma reflexão sobre o papel de professores, governantes e famílias em meio a um mundo de informações com o qual é difícil competir

CRÉDITO: ILUSTRAÇÃO STOCK PHOTOS

É certo que esses atentados que vêm acontecendo nas escolas brasileiras, em sua maioria, resultaram da campanha de ódio que foi forjada e disseminada nos últimos quatro anos. No entanto, outras causas devem ser examinadas, como a educação que os estudantes recebem em casa, o nefasto bullying e as fake news que circulam nas redes. Em relação à educação familiar, é preciso dizer que se os filhos aprendem desde cedo que não podem ter tudo o que desejam, que SER é mais importante que TER, que frustrações fazem parte do processo de crescimento, que solidariedade é o sentimento mais importante para se viver em sociedade, e que educação é o maior bem que os pais podem destinar a eles, consequentemente teremos estudantes mais felizes e interessados.

Contudo, o poder público, representado por prefeitos e governadores, também precisa fazer a sua parte. Vamos imaginar como seria se todas as escolas públicas fossem espaços bonitos, arejados, confortáveis, limpos, com professores bem formados, bem pagos e valorizados; se as escolas públicas tivessem ainda a mesma infraestrutura das melhores escolas particulares, com laboratórios, bibliotecas, espaços de leitura, teatro, sala de artes visuais e de dança. Será que se tudo isso fosse realidade, os alunos rejeitariam a escola? Depredariam? Haveria evasão acentuada?

A escola tem de ser um lugar muito especial, um espaço diferente da casa do aluno, um espaço em que ele tenha vontade de estar para estudar e encontrar os amigos. Hoje, a competição entre a escola e a vida fora dela é muito acirrada, sobretudo porque ainda existe a falsa ideia de que a escola não deve limitar a liberdade do aluno. Essa forma de pensar não aceita que a escola é uma instituição “careta” e que ela deve ser assim mesmo, porque é um espaço de ensinamento, de educação, e, para educar, é preciso disciplina e controle da liberdade, ou melhor, o ensinamento do uso da liberdade.

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